O que é o limite para cima e o limite para baixo?
No caso de volatilidade severa do mercado, bolsas de valores centrais reguladas, como a Bolsa de Valores de Londres, podem, às vezes, suspender as negociações num dos lados do mercado subjacente. Isto é chamado de limite para cima (limit up) ou limite para baixo (limit down), e depende da direção na qual o mercado se movimentou. Esses limites também podem ser chamados de fatores de interrupção (circuit breakers).
Ambos os limites para baixo/cima são usados para evitar que certos ativos atinjam níveis de volatilidade excessivamente altos.
Já que as negociações são interrompidas no mercado subjacente, há um impacto na maneira que negoceias connosco.
O que é um limite para cima (limit up)?
Um limite para cima é a quantidade máxima que o preço de um contrato de Futuros numa Ação ou Commodity poderá aumentar, durante uma única sessão de negociação.
Isto significa que a compra é suspendida externamente, no mercado subjacente.
Na IG, então, somente poderás vender posições — abrir ou fechar — através de negociações por telefone.
O que é um limite para baixo (limit down)?
Um limite para baixo é o oposto de um limite para cima — define a quantidade máxima que o preço de um contrato de Futuros numa Ação ou Commodity poderá diminuir, durante uma única sessão de negociação.
Os limites para baixo buscam prevenir a “venda de pânico” e as quebras das bolsas. Isto dá-se porque, se mais e mais investidores começarem a vender devido ao pânico, o preço da Commodity subjacente, consequentemente, irá diminuir, em virtude de uma maior oferta e menor demanda no mercado.
Significa que a venda estará suspensa externamente no mercado subjacente.
Na IG, então, somente poderás comprar posições — abrir ou fechar — através de negociações por telefone.
Níveis atuais de limite para baixo/cima (limit up/limit down)
Os níveis de limites para cima e para baixo são definidos pela bolsa na qual os produtos são negociados, pelo tipo de produto e estão, portanto, sujeitos a mudar.
Para mais informações nestes e para obter os níveis atualizados de preços, pode consultar o website da bolsa de valores diretamente.
Exemplo de limite para cima (limit up)
Como exemplo de um limite para cima, iremos analisar um contrato de Futuros em Commodity.
Para futuros de milho, o limite para cima é um movimento de preço de 0,40 $ do último fecho. Se o preço do milho ultrapassar este limite, a negociação em milho será suspendida pelo resto do dia de negociação.
Esta medida é tomada para evitar que o preço de Futuros em milho — e de outros contratos Futuros em Commodities — que aumentam substancialmente em comparação com o preço do ativo subjacente (que o contrato de Futuro representa).
Exemplo de limite para baixo (limit down)
Como exemplo de um limite para baixo, iremos analisar um Índice.
Há uma série de níveis específicos nos quais o preço de um Índice pode mudar — a partir de um preço de referência do Índice. Esses níveis são diferentes, dependendo do Índice e da hora do dia.
Para o S&P 500, o limite para baixo é de -5% fora de horas (das 22:00 às 13:30, fuso horário GMT).
No que diz respeito a limites para baixo, se o preço exceder o menor nível, a negociação é suspensa por um período, normalmente de 15 minutos.
Porque os limites para baixo/cima foram introduzidos?
Os limites para baixo e para cima foram propostos como resposta à volatilidade do mercado em 6 de maio de 2010 — particularmente severa nos mercados americanos, com o Dow Jones (DJIA) a perder cerca de 1000 pontos em menos de dez minutos. O motivo da queda inicialmente era incerto, mas mais tarde, descobriu-se que tinha sido causado por uma ordem de venda de 4,1 bilhões de dólares por um fundo mútuo americano.
Os investidores já estavam abalados devido aos motins na Grécia, aos países europeus que pediram empréstimos e resgates financeiros, à crise alargada da dívida europeia, à realização das eleições gerais na Grã-Bretanha e ao derramamento de petróleo da Deepwater Horizon, que afetou o mercado de Futuros do petróleo. A grande ordem de venda foi a gota d'água que desencadeou uma venda em massa.
Estima-se que mais de 16 bilhões de contratos de Futuros foram vendidos num intervalo de dois minutos, e muitas Ações sofreram fortes quedas nos preços. Como resultado da queda, os limites para cima e para baixo foram implementados para evitar que vendas semelhantes acontecessem no futuro.
Eles foram propostos pela primeira vez por uma série de bolsas americanas nacionais, e pela Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (FINRA) em abril de 2011. Os limites acabaram por ser aprovados e introduzidos (inicialmente, numa fase experimental) pela Securities and Exchanges Commission (SEC) em 31 de maio de 2012.