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Planeamento e gestão de risco

Lição 4 de 8

Formas de gerir o risco: Parte 1

Agora que já analisámos os principais tipos de risco aos quais devemos estar atentos, podemos concentrar-nos nas formas de geri-los.

Estar sempre ciente de que poderás perder

Antes de iniciar qualquer negociação, deves calcular exatamente qual a perda que poderás suportar no pior dos cenários. Lembra-te de que, por vezes, o mercado pode mover-se rapidamente ou apresentar gaps, o que significa que poderás não conseguir fechar a tua posição ao nível que pretendias.

Deves ter o pior cenário possível em mente para evitares um excesso de exposição caso ocorra um acontecimento relevante no mercado. Isto é particularmente importante se estiveres a negociar produtos alavancados em que as tuas perdas podem ser superiores ao teu depósito.

Evitar o trading emocional

Na tomada de decisões de investimento deves estabelecer a distinção entre as decisões racionais e as emocionais. Fiar-te no instinto acabará muito provavelmente em desastre, pelo que é essencial basear as tuas decisões numa análise concreta. Tal como observámos anteriormente, criar um plano de trading estruturado pode ajudar-te a gerir o risco emocional, através de orientações claras, e a manter a disciplina.

Diversificação

Se costumas ter mais do que uma posição aberta ao mesmo tempo, podes tentar minimizar o teu risco investindo o dinheiro num leque mais amplo de investimentos diferentes, ou seja, não deves investir todo o teu capital num único ativo.

Se, por exemplo, aplicares todo o teu capital de investimento nas Ações de uma única empresa, arriscas-te a perder tudo se essa empresa falir. Por outro lado, se comprar Ações de várias empresas diferentes, a tua eventual perda com aquela que falir não terá um efeito tão devastador no teu investimento global.

No entanto, nem mesmo dividindo o teu capital por um leque variado de Ações ficarás protegido de fatores de risco sistémicos que podem afetar todo o mercado bolsista.

Por conseguinte, a melhor forma de diversificares é distribuir os teus investimentos pelas diferentes classes de ativos. Por exemplo, podes formar uma carteira constituída por Ações, Commodities, ativos imobiliários, Obrigações e outros investimentos. Muitas vezes, estes mercados deslocam-se de forma independente, oferecendo assim proteção relativamente ao mau desempenho de uma classe de ativo específica.

Seleção cuidadosa dos investimentos mais arriscados

Caso optes por uma carteira de investimentos diversificada, deves tentar equilibrar os eventuais negócios mais arriscados com ativos mais estáveis. A pirâmide de risco de investimento é um modelo útil que te ajuda a decidir como deves distribuir o teu risco pelos vários instrumentos financeiros.

Provavelmente, a maioria dos operadores optará por investir em ativos de baixo risco com retornos regulares, embora pouco expressivos e que estão representados na base da pirâmide.

No meio, estão os ativos de médio risco, que proporcionam um retorno estável e que também têm potencial de valorização.

No topo, estão os investimentos de risco mais elevado com potencial para grandes retornos ou grandes perdas. O dinheiro que colocares nestes ativos de alto risco deverás ser apenas o dinheiro que podes perder sem sofrer graves repercussões financeiras.

Obviamente que a pirâmide serve de orientação e não como um conjunto de regras. Logo, ao selecionar os ativos que pretendes negociar, deves pensar cuidadosamente na quantidade de tempo e dinheiro de que dispões para investir e no nível de retorno que pretendes alcançar.

Resumo da lição

  • Não podes controlar os movimentos ascendentes ou descendentes de um mercado, mas podes controlar o seu risco, pelo que é essencial que implementes uma estratégia de gestão de risco eficaz.
  • Para gerir o risco com eficácia deves:
    • estar sempre ciente do máximo que poderás perder;
    • evitar o trading emocional;
    • diversificar os teus investimentos;
    • fazer uma seleção cuidadosa dos investimentos mais arriscados;
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